Resolvi republicar este texto meu, de abril de 2010, porque continua muito atual - talvez mais ainda agora - visto que até pessoas que se pretendem escritores estão caindo no grave erro de fazer citações de apócrifos em seus textos!
Muito cuidado: um bom escritor, além de ter imaginação e um estilo próprio de escrita, deve escrever de forma correta (ortograficamente), além de tomar o cuidado de citar e destacar (também de forma correta) textos de outrem! Isso é respeito pelo trabalho de outros autores e garante, entre outras coisas, que seu trabalho será respeitado... além de não correr o risco de ser sumariamente recusado por uma editora (pelo menos, as sérias!).
Os falsos Quintanas: porque gosto muito do verdadeiro Quintana!
Tenho ficado triste por ver tantos textos "apócrifos" por aí, especialmente os atribuídos à Mario Quintana, poeta que é um dos meus preferidos e que tem textos muito inteligentes e de lirismo único!
Como gosto muito do verdadeiro Quintana, mesmo parecendo (ou sendo mesmo) uma chata, não consigo receber algo que não é dele com sua assinatura e não dizer: olha, não é do Quintana! Ele nem poderia ter escrito isso! Alguns textos até são bons (= do meu gosto), mas não importa: não são dele e não poderiam ter sido escritos por ele!
Quando sei o verdadeiro autor, o identifico. Martha Medeiros, por exemplo, é uma das que mais empresta textos ao Quintana (e ao Luis Fernando Veríssimo, e vários outros!). Gosto dos textos dela e no meu entender deveriam ser justamente atribuídos a ela.
Fica a dica de sempre procurar checar a verdadeira autoria de um texto e, na dúvida, mencionar o fato. Outra dica é: desconfiem de tudo o que acharem no site Pensador.net (que é alimentado pelos usuários) e quaisquer outros da net. Podem procurar que encontrarão sempre um mesmo texto atribuído a "n" autores diferentes. Até sem autoria (parecendo que é da própria pessoa que postou!).
O blog do Emílio Pacheco é um bom lugar para saber um pouco mais sobre os textos apócrifos, do Quintana e de outros autores.
Vale a pena a visita: http://emiliopacheco.blogspot.com/2006/07/os-falsos-quintanas.html
PELO VERDADEIRO QUINTANA, O PASSARINHO!
Em tempo, o texto que inclui estas frases: "Com o tempo você vai percebendo que, para ser feliz com outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela". E encerra com a afirmação clássica: "O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você". NÃO É DE QUINTANA!
AnaCris Martins
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