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domingo, 26 de junho de 2011

O meu eu boto na lua

















Tiro meu bloco da rua.
Tiro o bloco, o coração.
Tiro o meu da tua
A mente e o cordão
Recolho o estandarte
Tiro de onde não cabe
De onde nem sou parte
Onde jamais caberei
E boto noutro lugar.
Boto meu bloco na lua.
Lá não tem lei
Lá nem dono tem
Posso dançar nua
Posso ser só eu
Mulher e homem também
E amiga da estrela
O rei de lá já morreu
Lá se anda em parelha
e quem faz usura
manipula ou manda
em mim ou zebedeu
nem mesmo nasceu




AnaCris Martins

Um comentário:

Emecê Garcia disse...

Olá, poetisa minha!

Muito belo o teu poema, o vi como uma extensão bandeiriana em VOU-ME EMBORA PRA PARSÁRGADA, uma releitura em teu estilo próprio o qual muito admiro. Parabéns!

Ósculo poético!