Eu te quero por perto
Mas não perto demais
Meu querer é incerto
Deixo tudo pra trás
Se queres o eterno
Me enxerga, compactua
Aceite o meu inferno
Minh’ alma toda nua
Se me queres teu ventre
Me abra, sinta, entre
Aceite o meu abismo
Se queime no batismo
Se me queres inteira
Aceite meu voo raro
Meu verso sem amparo
Minha falta de beira
Se queres o meu certo
Aceite o meu deserto
O que em mim se desfaz
O meu nada, rapaz
AnaCris Martins
4 comentários:
Gostei muito, AnaCris, desse seu "infinito pessoal".
(chamo assim pq percebo certa semelhança entre as propostas, embora a sua tenha mais lirismo).
Um abraço.
Lindo! Bravo!
Caramba! Achei o teu blog pelo twitter, e passei pra dar aquela espiada básica como de costume, mas confesso que fiquei impressionado com a qualidade do material: Só o vídeo do Paco, valeria a visita. Ler esta maravilha de poema aqui, então, já passou de lucro pra mim... rs! Beijo!
agradecida!
to indo lá te visitar no seu 'covil', Cristovan. abs
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