terça-feira, 2 de novembro de 2010
Sub reptilianamente
A mente capta
tudo ao redor
Me apta melhor
Capto, rapto
Rápido, me armo
O tempo todo
Num átimo
Cada átomo
Todo espaço
Um fino traço
Um risco, arrisco
E me enfias
Goela abaixo
um estilhaço
no branco do olho!
Caralho!
Nem pisco, me cega
Pior que cisco
Ato falho, alegas
Acato, tá bom
Escambo, fato!
Aceito o seu pacto
ovo-lacto-vegetariano
ritmo circadiano
cacto sub-reptiliano
tenho lastro
mato e banco
mas nunca enterro
nem cubro rastro
sou difusa
sempre me erro
Não fico bem de musa
Mas por santa, eu passo
Orgulho? ok, engulo
mas haja entulho, hein?
meu ego esfinge
se finge de casto
e depois da cruza,
meu bem,
te castro
trato é trato!
AnaCris Martins
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