texto

.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

NEM TE CONTO!













O que fazer dessa paixão?

Perdida no caminho

Virou pássaro sem ninho

Água represada, sem vazante

Dá enchente feito praga

Sem noção, nem a mais vaga



Como reparar o dano

Desse abandono à míngua?

Como desfazer o engano?

Dar vazão à palavra

Presa na ponta da língua?



Essa paixão incubada

Malabarista da noite

Espreita o telefone

Ô coisinha insone!

Já tá dando na vista

Imagina danças na pista

E até de artista se pinta

Fica nua, quando alta a lua

Se esquece, pensa ser tua

Te procura, te encontra

Te toca, te provoca

Em pensamento tonto



Ah! Amor

É em teu nome

Que a insônia evoca

E me consome

De tanto prazer



Essa homenagem

Nem te conto!

É pra você...

É pra você!


Ana Cristina Martins

3 comentários:

Evandro de Souza Gomes disse...

Belo poema!

Abraço

Theresa Russo disse...

POema encantador, puro romantismo...como eu disse, quisera....

abraço

NDORETTO disse...

Incrível, não é? A paixão não é visível!!!!! Carece avisar:" é pra você, pra você!!!!!"
Delicada a sua poesia,bbjs

neusa